quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Preso diretores da filial brasileira da Cisco System inc.

A gigante americana da informática esta nas páginas policiais.

O diretor-presidente e os diretores da filial brasileira da gigante americana de tecnologia Cisco System foram presos nesta terça-feira, junto com outras 40 pessoas, em operação da Polícia Federal (PF) contra esquema de fraude tributária. Mais de 30 companhias brasileiras e estrangeiras estariam envolvidas no esquema, que, segundo estimativa da Receita Federal, causou prejuízo de cerca de R$ 1,5 bilhão em perda de arrecadação.

As prisões ocorreram em São Paulo, Campinas (SP), Rio de Janeiro, Ilhéus (BA) e Salvador. Foram apreendidos US$ 290 mil e R$ 240 mil em dinheiro, US$ 10 milhões em valor de mercadorias, um jato executivo e 18 veículos, segundo a delegada Érika Tatiana Nogueira, responsável pelo inquérito da Operação Persona.

O esquema consistia em importar produtos eletrônicos e de telecomunicação de forma simulada, com o fim de ocultar os verdadeiros importadores e exportadores e obter redução de tributos devidos em razão dessas importações, de acordo com o site G1. A Cisco informou apenas que "busca saber exatamente o que aconteceu" e está cooperando com as investigações.
A denúncia, segundo a delegada, foi feita por um ex-funcionário da filial brasileira da empresa norte-americana. A fraude tributária, de acordo com Schann, ocorria a partir do momento em que a empresa norte-americana aplicava um desconto de 40% a 70% nos equipamentos produzidos a partir de pedidos feitos no Brasil.
A PF pediu auxílio para as autoridades americanas para dar seqüência à operação no braço que atuava nos EUA. Nessa parte do esquema, empresas distribuíam os produtos da multinacional também de maneira irregular. Havia, segundo o coordenador do núcleo de inteligência da Receita, Gerson Schann, a separação dos hardwares e dos softwares fornecidos pela companhia para evitar a incidência de tributos na hora da importação. Como para importar um software não existe tarifa, os distribuidores superfaturavam o valor do software e subfaturavam o preço dos hardwares para compensar.
Fonte:PF
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